Desde que me lembro que olho o Céu.
Desde que me conheço que me lembro de contar as Estrelas.
Orientada pelo meu Pai tentava adivinhar quais eram as Estrelas e quais eram os Planetas. Tentava descobrir a Ursa Menor e a Ursa Maior, o Sete Estrelo e a Via Láctea.
Ficava umas boas horas a olhar a Lua e as suas formas. A ver os Satélites artificiais a passar e as Estrelas Cadentes a pintar o céu escuro, muito de vez em quando.
Já pus os meus filhos a olharem para céu, a contarem as estrelas que começam a aparecer. Perguntam-me porque é que a Lua às vezes não está, outras está pequena e ainda outras fica ENORME. E lá vou explicando.

A vista cá de casa.
Também os chamo para verem os aviões passar. Brancos, azuis, cor de laranja. Pequenos, grandes, lá no alto ou baixinhos.
Da mesma forma que os incentivo a olhar ao longe as Montanhas e a olhar o Mar lá ao fundo até onde toca o céu.
E quando conto histórias inventadas e elas são sobre balões de ar quente ou tapetes voadores, descrevo o que se vê lá de cima: as casinhas, as hortas e os animais nos campos, as pessoas pequeninas cá em baixo nas suas vidas…
E é assim que quero que vejam as coisas. Não só o imediato, o que é fácil e está ali á frente dos olhos, mas também o que está por detrás disso, mais além, mais longe e menos acessível.
Quero que percebam que existem outras coisas, mais Mundo. E que olhar para cima e além do que está à frente dos olhos e querer saber mais só é bom.
Deverá estar ligado para publicar um comentário.